As obrigações são tantas, e o tempo têm sido tão curto pros
dias que passam depressa demais. A paciência é que tem faltado, dando lugar a
arrogância e a estupidez de ambos os lados. Ninguém tem conseguido ser compreensivo,
a agressividade das palavras as vezes se calam com um olhar mais ríspido e
duro... Mas quando afloram e fogem pela boca no momento de raiva e irritação
incontida, elas muitas vezes ferem apunhalando a fundo, o que só tem gerado
ressentimentos, mágoas e insatisfação. Um não quer o mal do outro, apesar de
tudo o sentimento ainda prevalece, mas ultimamente não temos nos suportado. Os
problemas são tantos que passaram a ser mais importantes que nós. Hoje não
temos tempo pra que esse “NÓS” exista. As complicações que ocorrem sem trégua
uma atrás da outra, causam o desprazer de nossa companhia. Temos a ciência de
que várias coisas tem acontecido, imprevistos que nos abateram, e que estes tem
grande parcela de culpa no desgaste de nossa relação. Antes considerada quase perfeita.
Hoje a gente nem mais se vê, nossa rotina de trabalho e obrigações não permitem
muitos encontros. Praticamente precisamos marcar hora ou fazer reunião de pauta
para discutir sobre alguns assuntos pendentes... Não sei se você consegue
perceber, mas estamos deixando cair algumas peças de tijolos que aos poucos
estão se desprendendo das paredes do castelo que a gente construiu. Peças
importantes que logo farão com que esse castelo venha a desmoronar. Todas as
suas paredes, bem como as colunas que sustentam esse castelo precisam de
retoques, reparos e restauração. Há uma necessidade urgente de reforma, antes
que tudo não passe de pedaços de cacos e poeira espalhados pelo chão. Mesmo
contudo acontecendo ao mesmo tempo, estamos nos dando uma nova chance... e por isso não pretendo desistir de nós... E, sei que
você também não! Mas se for pra continuar, que fique bem claro que eu não quero
mais ter que viver assim...